Guilherme Batista - Redação Bonde
O programa Bolsa Família, do governo federal, atende 14.287 famílias em Londrina, cobertura de 98,5%. O restante, 220 famílias, ainda não recebe o benefício apesar de ter direito.
"Desde 2011, a gestão do programa na cidade tem trabalhado no sentido de buscar estas famílias. Algumas estão com os cadastros desatualizados. Outras nem sabem do programa", justificou a gestora do Bolsa Família em Londrina, Cláudia Renata Fávaro.
Muitas delas não conseguem cumprir as exigências impostas pelo Governo Federal para o pagamento do benefício. "A família até está inserida no Cadastro Único, mas quando começamos a acompanhar, constatamos que os filhos dela não estão na escola. Temos um trabalho intenso de acompanhamento. Alguns beneficiados não acompanham", explicou.
Apesar dos problemas, a gestora lembrou que, nos últimos dois anos, o número de atendidos pelo programa aumentou mais de 10% na cidade. "Só no Cadastro Único, o número passou de 32 mil para mais de 40 mil famílias." Cláudia Renata Fávaro explicou que nem todos inseridos no cadastro recebe o benefício.
"Para estar no Cadastro Único, a renda mensal da família tem de ser de até três salários mínimos ou meio salário por pessoa. No caso do Bolsa, a renda precisa ser de, no máximo, 140 reais por pessoa", destacou. "Apesar de não ter direito ao Bolsa Família, a família com renda de até três salários pode participar de outras iniciativas do Governo Federal, como o programa Minha Casa, Minha Vida e a Carteira do Idoso, por exemplo", completou.
A gestora garantiu que o programa já atende todas as famílias de Londrina que estavam em situação de extrema pobreza, com renda mensal por pessoa abaixo dos R$ 70. "O mais importante é fazer com que essas famílias não voltem a passar fome na cidade. Precisamos garantir o acesso às políticas públicas. A criança de baixa renda precisa estar na escola, longe das ruas. A gestante, o doente tem que ter garantido atendimento de saúde de qualidade", argumentou.
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