16/07/2013
Jornal de Londrina
Tomou posse, na manhã de ontem, a nova diretoria da Cooperativa Agroindustrial de Rolândia (Corol). O presidente João Menolli foi eleito na última sexta-feira, um mês depois da destituição da antiga diretoria por irregularidades. Ao JL, Menolli afirmou que vai dar continuidade ao trabalho já iniciado por ele na Comissão Provisória e que espera o resultado da auditoria que vai avaliar a situação financeira da cooperativa. “Vamos aguardar o fechamento dos trabalhos dos ouvidores. Este trabalho deve ser entregue em um prazo de 60 a 120 dias”, explicou.
Três empresas foram selecionadas para fazer uma auditoria na Corol. A Price Waterhouse Cooper fará o balanço patrimonial de todo o ano de 2012 e a Martinelli Advocacia Empresarial será responsável por fazer os levantamentos dos aspectos jurídicos legais, questões societárias, trabalhistas, previdenciárias, tributárias, cíveis e também das certidões. Já a Engeval Engenharia de Avaliações Ltda. deve avaliar o patrimônio e determinar valor de mercado para a cooperativa.
O caso
Pela primeira vez, em 50 anos de atividades da cooperativa, os associados destituíram as diretorias administrativa e fiscal, em uma assembleia realizada no dia 28 de maio, quando optaram pela nomeação da comissão provisória, comandada por Menolli. O fato foi motivado pela situação financeira e administrativa da cooperativa, falta de prestação de contas pela diretoria destituída e a não renegociação de dívidas altas em nome dos cooperados.
A “gota d’água” para os associados foi o início dos protestos contra 300 associados que assinaram Notas de Crédito Rural (NCRs) junto ao BRDE para beneficiar a cooperativa. Cerca de 600 produtores assinaram 903 NCRs no valor de R$15 milhões. A cooperativa não pagou nenhuma delas. Isso levou associados para a lista do Serasa. Uma liminar na Justiça impediu os protestos mas o BRDE recorreu da decisão. De 2008 para cá, a estimativa é que a dívida da Corol chegue a R$ 570 milhões.
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