terça-feira, 5 de maio de 2015

POLÍCIA DE NOVO NA CÂMARA DE VEREADORES DE ROLÂNDIA

A lei do bom senso.
Luzes coloridas do carro policial chamavam atenção, no dia 04 de maio, para mais uma confusa sessão na Câmara dos Vereadores de Rolândia, lotada de espectadores, meros torcedores. O motivo de tanto tumulto girava sobre se um vereador foi exorbitante ou exagerado no seu comportamento e como a "lei" interpreta isso.  Excessos não faltaram ao longos da história da Câmara e principalmente ontem. Desde palavrões, exaltações a murros na mesa fizeram soar irônico o tratamento cordial dos vereadores de “nobre colega”. Ficou-se ouvindo interpretações jurídicas exaustivas. A defesa de “leis” obscuras parecia ser mais importante do que um entendimento. A cena lembrava crianças brigando na rua, um culpando o outro e a multidão apenas torcendo. Nenhum “adulto” dizendo: “Chega!  Por mais bem intencionados os vereadores, Rolândia, por razões partidárias, sofre este clima há anos. A cidade que já foi a “Rainha do Café” com atendimento cultural e de saúde exemplares, hoje é manchete constante pela política caótica. Enquanto isso a degradação ambiental, a explosão de moradias e a falta de contra partida aumentam.  A “lei” virou instrumento de poder no complexo e demorado mundo jurídico e econômico. Às futuras gerações é dado o exemplo do oportunismo e da falta de educação. Vítima do consumismo, a população calcula sua vantagem pessoal e tem na “política” sua “escola”, sua “escalada social”, seu “espetáculo”.  Parece remota a imagem do famoso conto “As novas roupas do rei” de Andersen onde uma criança foi capaz de desmascarar a farsa dizendo “o rei está nu!” e a sociedade acordar.  Sem a “lei do bom senso” a "lei" já custou muito caro a humanidade. Em nome da “lei” se fez guerras, se descriminou raças, se exterminou paraísos. A “lei do bom senso” defende a vida na sua multiplicidade. Nela existe o entender, o perdão, o desistir das vantagens pessoais e de lutar por ideais que nos fazem apenas uma pequena parte deste universo. Ainda temos chance de nos aproximar do que por comodismo se chama “utopia”. Basta olhar e calcular o custo do caos momentâneo. Todo este dinheiro desperdiçado poderia ser muito bem aplicado para de fato resolver as nossas necessidades básicas.

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