Comitê da Bacia Hidrográfica do rio quer evitar que Instituto das Águas classifique trechos dos afluentes como índice 4, o pior na escala da qualidade da água
Instituto das Águas, órgão
vinculado ao governo estadual, alerta que há trechos da bacia do Tibagi
que sofrem com processo de urbanização
Londrina – O Comitê da
Bacia Hidrográfica do Rio Tibagi luta para evitar que os afluentes do
rio que abastece a região de Londrina sejam enquadrados como classe 4
pelo Instituto das Águas, órgão estadual que atua como gestor dos
recursos hídricos no Estado. A classificação é a pior numa escala que
vai de 1 a 4. Quanto menor o índice, melhor a qualidade da água. Uma
reunião agendada para a próxima semana entre os dois órgãos foi adiada
devido a discordâncias sobre o reenquadramento dos afluentes da bacia,
já que alguns trechos, segundo informações que chegaram ao comitê,
poderiam ser considerados classe 4 pelo Instituto das Águas.
O encontro, que inicialmente estava programado para a próxima terça-feira em Telêmaco Borba (Centro), foi adiado, mas também não existe consenso para uma nova data. O comitê convocou a próxima reunião para o dia 23 de junho, no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em Londrina, no entanto, a informação não foi confirmada pelo Instituto das Águas.
Segundo o presidente do comitê, Galdino Andrade, que integra o Consórcio Para Proteção Ambiental do Rio Tibagi (Copati), nenhum trecho da bacia deve ser enquadrado como classe 4, o que inviabiliza os investimentos para recuperação das áreas. De acordo com ele, a classificação seria o "atestado de óbito" dos trechos, onde o esgoto tratado é despejado com cerca de 40% de carga orgânica.
"Mesmo os locais de classe 4 devem ser enquadrados como classe 3 para possibilitar a recuperação. Os Planos de Bacias foram concluídos e o comitê vai adotar medidas de preservação e realizar o planejamento hídrico para as próximas décadas, o que é importante para o meio ambiente e abastecimento", afirmou Andrade, que ainda lembrou que o rio Tibagi tem classificação 2.
O ambientalista explicou que os recursos financeiros para projetos de recuperação de nascentes e preservação de matas ciliares na bacia do rio Tibagi serão provenientes da cobrança pelo uso da água, que deve ser paga pela Sanepar e outros setores, como a agricultura que utiliza os recursos naturais nas irrigações. "O dinheiro é administrado pelo comitê, que avalia quais os investimentos devem ser feitos para recuperação da bacia", acrescentou.
O diretor de Gestão de Bacias Hidrográficas do Instituto das Águas do Paraná, Everton Luiz da Costa Souza, alegou que a classificação havia sido aprovada inicialmente pelo comitê, que depois teria reconsiderado a decisão. "Estamos retirando a proposta para uma nova avaliação junto com o comitê, pois estamos todos do mesmo lado. Aquilo que é favorável ao Tibagi será aprovado", garantiu.
Souza disse que a reunião foi adiada, mas preferiu não confirmar data para o encontro. "Não sabemos quanto tempo vai levar os trabalhos das câmaras técnicas. Mas, não vamos insistir em nenhuma proposta que deixe o comitê desconfortável", ponderou.
Questionado sobre o motivo de enquadramento de trechos da bacia na classe 4, o diretor preferiu não comentar o assunto, já que a proposta retorna para discussão. "Mas é evidente que existem trechos da bacia que sofrem com o processo de urbanização", acrescentou. Por meio da assessoria de imprensa, a Sanepar informou que faz parte da Câmara Técnica do comitê e acompanha as discussões sobre o assunto. A empresa adiantou que a decisão não vai alterar ou colocar em risco o abastecimento na região.
O encontro, que inicialmente estava programado para a próxima terça-feira em Telêmaco Borba (Centro), foi adiado, mas também não existe consenso para uma nova data. O comitê convocou a próxima reunião para o dia 23 de junho, no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em Londrina, no entanto, a informação não foi confirmada pelo Instituto das Águas.
Segundo o presidente do comitê, Galdino Andrade, que integra o Consórcio Para Proteção Ambiental do Rio Tibagi (Copati), nenhum trecho da bacia deve ser enquadrado como classe 4, o que inviabiliza os investimentos para recuperação das áreas. De acordo com ele, a classificação seria o "atestado de óbito" dos trechos, onde o esgoto tratado é despejado com cerca de 40% de carga orgânica.
"Mesmo os locais de classe 4 devem ser enquadrados como classe 3 para possibilitar a recuperação. Os Planos de Bacias foram concluídos e o comitê vai adotar medidas de preservação e realizar o planejamento hídrico para as próximas décadas, o que é importante para o meio ambiente e abastecimento", afirmou Andrade, que ainda lembrou que o rio Tibagi tem classificação 2.
O ambientalista explicou que os recursos financeiros para projetos de recuperação de nascentes e preservação de matas ciliares na bacia do rio Tibagi serão provenientes da cobrança pelo uso da água, que deve ser paga pela Sanepar e outros setores, como a agricultura que utiliza os recursos naturais nas irrigações. "O dinheiro é administrado pelo comitê, que avalia quais os investimentos devem ser feitos para recuperação da bacia", acrescentou.
NOVA AVALIAÇÃO
O diretor de Gestão de Bacias Hidrográficas do Instituto das Águas do Paraná, Everton Luiz da Costa Souza, alegou que a classificação havia sido aprovada inicialmente pelo comitê, que depois teria reconsiderado a decisão. "Estamos retirando a proposta para uma nova avaliação junto com o comitê, pois estamos todos do mesmo lado. Aquilo que é favorável ao Tibagi será aprovado", garantiu.
Souza disse que a reunião foi adiada, mas preferiu não confirmar data para o encontro. "Não sabemos quanto tempo vai levar os trabalhos das câmaras técnicas. Mas, não vamos insistir em nenhuma proposta que deixe o comitê desconfortável", ponderou.
Questionado sobre o motivo de enquadramento de trechos da bacia na classe 4, o diretor preferiu não comentar o assunto, já que a proposta retorna para discussão. "Mas é evidente que existem trechos da bacia que sofrem com o processo de urbanização", acrescentou. Por meio da assessoria de imprensa, a Sanepar informou que faz parte da Câmara Técnica do comitê e acompanha as discussões sobre o assunto. A empresa adiantou que a decisão não vai alterar ou colocar em risco o abastecimento na região.
Rafael Fantin
Reportagem local
Reportagem local
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