NIGER MARENA
DERRADEIRO DESAFIO À MUSEOLOGIA...
Reflexões de um Museólogo
No último dia 30 de
Setembro, assumi a Curadoria de Acervo lítico
e arqueológico do Departamento de
Geociências da Universidade Estadual de Londrina. Em 40 anos de exercício profissional, sempre laborei em Museu
Histórico. Exceção em 2012 quando tive que estruturar o Museu do Plantio
Direto, em Mauá da Serra.
Museu Histórico labora-se com “objetos” fabricados pelo homem. Tratando-se
de um Museu Geológico e Arqueológico, entendo, é um acervo fabricado pelo
próprio DEUS!
Reside ai um grande desafio!
Elaborar um marketing cultural promovendo acervos onde encontramos as “mãos do Criador”!
Persuadir através dessa valiosa coleção, fruto do trabalho “árduo” de brilhantes pesquisadores levar os homens a “respeitarem” o planeta Terra! Mostrar-lhes que a Terra é também um ser vivo! Ela própria nos conta a
história de sua formação e desse vasto universo.
Recepcionado pelos Professores Cleuber Moraes
Brito, José Paulo
Pinese, Pedro Vendrame e Angelo
Spoladore, deles recebi a missão, de estruturar e dar forma de “museu”
obedecendo princípios da moderna museologia e feição legal, ao acervo de minerais, rochas e solos, o qual
vem sendo reunido desde o ano de 1969. Docentes
do curso de história e geografia da extinta Faculdade Estadual de Filosofia,
Ciências e Letras de Londrina, constituíram o Museu Geográfico e Histórico do
Norte do Paraná, tendo à frente o docente Padre Carlos Weiss. Assim vai nascendo o MUSEU DE GEOLOGIA e PALEONTOLOGIA da UEL.
Buscando para ele um espaço pelo menos
um pouco mais amplo no “campus” e
idealizando uma ousada “Exposição”
sobre minerais, rochas e solos do Norte do Paraná inserida nas comemorações pelo transcurso dos 80 anos de instalação do Município de
Londrina a acontecer em 10 de Dezembro
vindouro. Para 2015 trabalhamos com a montagem de uma outra mostra sobre Pedras Ornamentais, oportuna sugestão
dos Professores Moraes e Angelo Spoladore. Com ela, esperamos somar esforços
junto com os cursos de Arquitetura e Engenharia.
Há um trabalho invisível, os quais
poucos os veem e o valorizam! Resultado da dedicação de pesquisadores da UEL.
Recordo-me da preocupação da querida ex-reitora Lygia Pupatto, com o acervo produzido na área da biologia. Existem
outros, como certa vez observou a Magnífica Reitora, Berenice Jordão, citando as produções da Fazenda Escola e do curso
de Agronomia. Não se falando do pequeno Museu de Anatomia pensado pelo saudoso
médico Carlos Costa Branco... A direção do Museu Histórico de Londrina “Pe. Carlos
Weiss”, órgão suplementar, concordou em ceder seu único museólogo e técnico em museologia para essa tarefa.
Compreendendo sua importância e prioridade no contexto da vida acadêmica. No
que se faz merecedora de um “voto de louvor” a Diretora Regina Allegro! Desta
recebi palavras de incentivo para a nova
missão! Informando-me de que umbilicalmente continuarei sempre entranhado no
Museu Histórico de Londrina.
Aproximando-me da avançada idade de 67 anos tenho que administrar uma dicotomia:
a mente continua jovem mas “fisicamente” há momentos nos quais sinto as forças
me abandonarem!
Assim, em um mundo de carências eis que tornei-me: Ninger! museólogo da Geociências!...
Dado
longe do céu
porém
... no”campus” da UEL,
Primavera
de 2014 DC, em
3.367 anos da fundação
de Memphis
Annum da Amorc Rosae
Crucis
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