domingo, 28 de setembro de 2014

Antônio Marcos Alves de Londrina - Iron Man - aos 50 anos - Hawai

FOLHA DE LONDRINA

Com rotina árdua, atleta se prepara para o Iron Man

Ricardo ChicarelliAntônio Marcos Alves faz treinos específicos diariamente visando participação na principal prova de triatlo do mundo

Antônio Marcos terá que superar 42 quilômetros de corrida durante a prova hawaiana
Participar do Mundial de Iron Man no Hawaí é o sonho de dez entre dez triatletas. A possibilidade de competir no paraíso americano e figurar ao lado dos grandes nomes da modalidade na maior e mais famosa prova do mundo mexe com a imaginação de qualquer apaixonado pelo triatlo. Todos os anos, milhares de atletas pelo planeta sonham com essa chance, mas poucos conseguem tal façanha.

O técnico administrativo Antônio Marcos Alves, de 50 anos, pode se gabar de ser um destes privilegiados. O paulista de Ourinhos, que mora em Londrina já há três anos, será o primeiro representante da cidade paranaense no mundial hawaiano, marcado para o dia 11 de outubro. A classificação foi garantida com o segundo lugar conquistado na categoria 50 a 54 anos no Iron Man 7.0, disputado em Florianópolis, em maio.

Nada mal para quem começou a praticar o triatlo há apenas cinco anos. "Comecei numa prova de duatlo no Jardim Botânico, em Londrina, em 2009, e nem passava pela minha cabeça um dia poder ir ao Hawaí. Para mim, participar de uma prova como essa é muito gratificante. É a coroação por um trabalho árduo, que exigiu uma dedicação extrema, muita compreensão da família, do chefe no trabalho, são muitas coisas que você acaba abrindo mão", ressalta.

E dedicação foi o que não faltou na dura rotina de treinos do atleta amador. Nos últimos meses, ele praticamente não teve descanso. A carga de trabalho de duas horas em dias úteis é multiplicada por três aos finais de semana. Foram muitos treinos, inclusive, na hora do almoço, uma tática para adaptar o corpo ao calor hawaiano. "Essa é uma das principais preocupações, pois lá é uma área que fica em cima da larva de um vulcão solidificada, que absorve muito calor. Tem o vento também", cita o triatleta, que viaja ao Hawaí no dia 6 de outubro.

E como não é todo dia que se tem a oportunidade de disputar uma prova como essa, Alves não quer fazer feio. Para aperfeiçoar o desempenho, ele foi buscar ajuda de treinadores específicos para cada modalidade que compõe o triatlo: corrida, ciclismo e natação. "Já foi assim quando fui para Florianópolis. Senti que precisava melhorar a parte de natação e procurei um técnico específico. Deu certo e agora procurei ajuda também para corrida e bike, para trabalhar melhor essa coordenação, que é importante", conta.

A prova do Mundial do Hawaí inclui 3,8 quilômetros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e 42 quilômetros de corrida. Em Florianópolis, Alves cumpriu sua meta de fechar o percurso em menos de 10 horas – completou em 9 horas e 48 minutos. Desta vez, diante de um cenário desconhecido, ele mantém os pés no chão. "Estou bem tranquilo, bem preparado, mas não tracei uma meta de tempo. O que coloquei para mim mesmo é que se conseguir completar a prova, e bem, já ficaria bem feliz", aponta.

Entre os 3 mil participantes da prova em solo americano estarão 47 brasileiros, sendo que apenas um deles é profissional: Igor Amorelli. Nascido em Balneário Camboriú (SC), ele foi o primeiro brasileiro a vencer o Iron Man Florianópolis, feito obtido na prova deste ano.
Rafael Souza Reportagem Local

Nenhum comentário:

Postar um comentário