sexta-feira, 7 de junho de 2013

VIAGEM A MARTE SÓ COM PASSAGEM DE IDA


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Marte fascina o homem desde tempos imemoriáveis. A conquista do espaço foi um dos grandes sonhos da humanidade nos tempos da Guerra Fria, mas os dias das expedições à lua, os sputniks e as frases que ficaram para história pareciam ter ficado pra trás desde que a Nasa (agência espacial americana) começou a sofrer os estragos da crise financeira.

Porém, nem tudo está perdido; pelo menos para a empresa holandesa Mars One, que está preparando o primeiro assentamento humano no planeta vermelho. A empresa criada pelo pesquisador Bas Lansdorp pretende vender os direitos de exploração de um reallity show para financiar o projeto e assim fazer com que a utopia possa se transformar em realidade.

Apesar de ser um projeto que conta com a confiança do doutor Gérard't Hooft, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 1999, cientistas do Instituto Nacional de Técnica Aroespacial (INTA), da Agência Espacial Europeia (ESA) e do Observatório Astronômico de Almadén de la Plata, em Sevilha, se mostram céticos.

Imagem de Marte feita pela sonda “Curiosity”. EFE/Nasa/Facilitadas pelo Instituto Nacional de Técnica Aeroespa 

US$ 6 BILHÕES E UMA PASSAGEM SEM VOLTA

Após uma perigosa viagem de seis a setes meses em direção ao planeta vermelho, quatro dos candidatos selecionados aterrissariam muito longe do planeta que lhes viu nascer e jamais poderiam retornar.

Encontrar astronautas que não enlouqueçam diante da ideia de não poder voltar é uma tarefa árdua e difícil e levam Chicarro à conclusão que "ir a Marte para não voltar é algo pouco pensado, uma maneira romântica de suicidar-se".

O motivo dado pela empresa Mars One é que "não existe a tecnologia necessária para trazê-los outra vez". "Existe para poder fazê-lo em uma missão curta", mas a empresa quer criar a primeira colônia humana além da estratosfera.

O custo da missão (US$ 6 bilhões) e o financiamento também surpreendeu os cientistas e, na direção do Centro de Astrobiologia do INTA, Javier Gómez-Elvira lembra que a Nasa tinha planejado missões a Marte para 2017.

"Em 2011 foi apresentado um projeto da Nasa, o Space Launch System, que propunha o desenvolvimento de um novo lançador capaz de enviar uma tripulação a Marte com um orçamento muito maior e que estaria pronto para 2017. Acho que esse projeto não se iniciou por seu alto custo", contou Gómez-Elvira.
Existe uma companhia privada Space X que apoia a Mars One e que pensa que terá pronto um lançador para desenvolver o projeto, mas o certo é que atualmente é extremamente custoso e "não parece que esteja entre as prioridades das nações".

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