O QUE VOCÊ ESTÁ ACHANDO DOS PROTESTOS?
A causa de protestar contra “abusos” é justa. Quanta gente na rua! Os baderneiros parecem poucos e até de fora do Brasil vem felicitações por este momento histórico de tantas manifestações. Mesmo assim estou incomodado. Já organizei e participei de várias manifestações... Contra o lixo da cidade vindo para a roça, tratores tomando conta das ruas... Distribuímos milho... Outra vez foram girassóis, no protesto contra o chumbo... No dia da árvore nos fantasiamos de árvores... Vestindo fantasias com máscaras, cantamos o Hino Nacional ao pé da Estatua do Roland e pedimos liberdade de expressão... No Dia das Mães, em uma grande rotatória, a Vovó discursou com um megafone de papelão. Quantos protestos e lembranças queridas! Sou muito a favor de protestos! Mas penso que as manifestações tem que preservar o individual e não ser uma massa, por mais pacífica que parece. Senão é apenas um jogo de forças, um outro tipo de guerra. Mas sempre aprendo e mudo de opinião. Hoje freqüento regularmente a Câmara dos Vereadores com minha família e por várias vezes conquistei lá o espaço da “Tribuna Livre” para dar minha opinião. Até estou combinando com meus filhos, o Endí de 11 anos e o Erê de 8 anos, deles fazerem um manual, do ponto de vista da criança, sobre o funcionamento de uma Câmara. Para que serve a Câmara? Como funciona e como o cidadão comum pode participar? Uma das estratégias poderia ser do cidadão prestar bem atenção ao o que acontece numa Câmara dos Vereadores e começar a entender que, acima de partidos e interesses, estão indivíduos e que precisamos buscar diálogo com todos e sempre investir em informação acessível. O segredo é entrar na torcida organizada ou polêmicas que tantos protestos barulhentos trazem. É injusto pessoas apanharem de policiais! É injusto policiais serem obrigados a bater! É injusto um poder autoritário apenas mudar de mãos!
Porém, vamos participar dos protestos e cuidar com criatividade da paz. Neste sábado, dia 22 de junho de 2013, no grande protesto planejado em Rolândia, vamos, em família e com amigos, organizar um “mini-protesto” através de um presente para a população. Tem tanto limão rosa no ponto de colheita se perdendo na roça. Numa carrocinha distribuiremos limões com um grande sorriso: “faça do limão uma gostosa limonada!”.
(Daniel, 19-06-13)
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