FOLHA DE LONDRINA
Número acumulados de mortes no PR
Quantidade de casos confirmados da doença sofreu aumento de quase 600%
Em pouco mais de 30 dias, o número de mortes por H1N1 saltou de oito para 54 no Paraná. Já a quantidade de casos confirmados de infecção pelo vírus subiu de 104 para 720, aumento de 592% em todo o Estado. Os dados constam nos balanços elaborados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nos dias 27 de abril e 30 de maio. Conforme este último boletim divulgado pela Sesa, o vírus já circula em 21 das 22 Regionais de Saúde.
A cidade de Foz do Iguaçu lidera o número de óbitos por gripe A. Foram sete ao todo desde janeiro. Em Curitiba, seis pacientes morreram com o vírus H1N1. Londrina é a terceira do Estado, com quatro óbitos confirmados. Os demais casos estão distribuídos em 29 municípios.
Uma das estratégias para conter o avanço do vírus é a vacinação dos grupos considerados de maior vulnerabilidade. O Paraná superou a meta da Campanha Nacional de Vacinação, mas a quantidade de gestantes imunizadas não foi satisfatória, apenas 72% do total estimado, o que equivale a, aproximadamente, 86 mil das 120 mil mulheres. "Não sabemos quantas gestantes procuraram a rede privada até o momento e o número de gestantes é projetado de acordo com dados do IBGE. Em média, nascem 156 mil crianças por ano no Paraná", explicou o coordenador estadual de Imunização, João Luís Crivellaro.
A campanha foi encerrada no dia 20 de maio, mas algumas doses ficaram disponíveis nas unidades básicas de saúde. Das 22 Regionais de Saúde do Estado, apenas as de Paranaguá, União da Vitória, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Telêmaco Borba superaram a meta de 80% desse público-alvo. Nas regionais de Foz do Iguaçu e de Toledo, a vacinação das crianças entre 6 meses e 5 anos incompletos também ficou abaixo do esperado.
As doses protegem contra os vírus da Influenza A (H1N1), Influenza B e H3N2. Mais de 2,8 milhões foram vacinados em todo o Estado. "Repassamos a última remessa de vacinas nesta semana. As 30 mil doses foram distribuídas para as Regionais que tinham a necessidade de cumprir a meta de imunização entre as crianças", afirmou.
A expectativa é que o número de confirmações diminua após a imunização. "A vacinação é apenas uma das estratégias para reduzir as complicações e o internamento hospitalar nos casos graves. É importante também que as pessoas permaneçam em ambientes arejados, lavem as mãos com frequência, utilizem álcool em gel e procurem o médico para fazer o diagnóstico precoce, caso apresente sintomas da doença. O Tamiflu deve ser receitado 48 horas depois desses primeiros sintomas", alertou.
Febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dor de garganta e tosse estão entre os sinais de H1N1. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 2.988 casos de gripe A foram registrados em todo o País entre 1º de janeiro e 14 de maio. Ao todo, 588 pessoas morreram.
Viviani Costa
Reportagem Local
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