terça-feira, 24 de junho de 2014

Moradores protestam contra instalação de aterro de chumbo em Tamarana

Redação Bonde com assessoria de imprensa



Moradores realizaram um protesto pacífico na manhã desta segunda-feira (23) em Tamarana (região metropolitana de Londrina) contra a possível instalação de um aterro industrial naquele município. 


A unidade seria instalada em Tamarana pela empresa Baldissera Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, Industriais e Comerciais Ltda (Cetric Paraná). A população alega que o local pode trazer inúmeros prejuízos ambientais à região. 



A empresa já adquiriu área de 40 alqueires, às margens da PR 445 em direção a Mauá da Serra. Conforme descrição da Cetric, a previsão é trabalhar com demanda inicial de 18 mil toneladas mensais de resíduos, sendo 6 mil toneladas de materiais classe I e 12 mil toneladas classe II. O aterro deve receber resíduos industriais e comerciais de um raio de até 300 quilômetros de Tamarana, perímetro que abrange praticamente todo o Paraná, boa parte do interior de São Paulo e pequenas áreas de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. 



O IAP pretende realizar uma audiência pública em Tamarana, para discutir o impasse, na próxima quinta-feira (26). 



Conforme descrito no Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela empresa ao IAP, os materiais de classe I "se referem aos resíduos perigosos, aqueles que apresentaram periculosidade em função de suas propriedades físicas, químicas, infecto-contagiosas, podendo apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. Os principais aspectos que conferem periculosidade aos resíduos sólidos são os seguintes: reatividade, toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e patogenicidade". Os de classe II, segundo o mesmo documento, são considerados "não perigosos" e subdivididos em inertes e não-inertes.



O deputado Tercilio Turini, procurado pelos moradores de Tamarana, lembrou que a principal atividade econômica daquele município é a agropecuária."A cidade tem importante bacia leiteira, com centenas de produtores, além de fornecer 80% dos hortifrutigranjeiros consumidos em Londrina. Destaca-se também por suas lavouras e por ser pólo de empresas que produzem sementes. Diversas sementeiras estão instaladas no município, pelas características de clima, solo, altitude e latitude favoráveis à reprodução de sementes", ressalta o parlamentar. 



Turini enviou ofício ao IAP pedindo para que a audiência pública seja adiada.

COMENTÁRIO: O perigo se estende para toda a região pois na hora do transporte poderá haver vazamentos das carrocerias dos caminhões. Há ainda o perigo da contaminação do lençol freático que abastece todo o norte do Paraná.

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