DANIEL STEIDLE
REVISÃO DO "PLANO DIRETOR" DE ROLÂNDIA... Em Rolândia estão planejando uma “pedra no meio do caminho” com a "LINHA VERDE DO PROGRESSO" que dividirá o Município. A alegação inquestionável é: "precisamos crescer”! A estratégia desse “precisamos crescer” parece ser aquele truque dos mágicos. A distração e a ilusão de rápidos ganhos políticos e financeiros que desviam a atenção do fato real: A necessidade urgente de, com os meios disponíveis, arrumarmos a casa. Motivados por uma identidade (que nos falta), unidos e não briguentos, poderíamos ajudar a viabilizar, num grande mutirão, um CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL LOCAL a partir da revitalização do abandonado, ocioso, subutilizado, estragado. No pós-guerra construiu-se assim o "milagre europeu". A reconstrução seria uma incrível fonte de valorização, de oportunidades, de empregos e de reconhecimento das riquezas (humanas e naturais), pertinho de onde moramos. Seria um caminhar realmente sustentável, em vez da insustentável dependência de um mundo engessado, de verbas e projetos que nos deixam eternamente endividados e condicionados a licitações, serviços mal feitos, embargos e instabilidades políticas. Será que é mais cômodo simplesmente pensar: "deixa rolar, vou especular em cima da ganância das pessoas e correr atrás de MEUS lucros, pois, não adianta questionar este tipo de “progresso"... Será? A crise atual tem levado muita gente a repensar o modo de vida que nos desligou da afetividade, do carinho, das pessoas, dos nossos antepassados, do meio ambiente, enfim da idéia DEUS. Do sagrado que nos deu a vida de graça para aprendermos a conviver em paz. Presenteados por tanta graça, porém cegados pelos ganhos imediatistas, vamos destruir o pouco que restou da criação divina que nos sustenta? A Natureza valente ainda resiste! Em Rolândia temos mais de 4 mil hectares de indefesas matas nativas ameaçadas por essa planejada "LINHA VERDE DO PROGRESSO". Um patrimônio inestimável! Um legado que deveríamos conhecer melhor, respeitar, cuidar, restaurar e deixar para um futuro, que muito agradecerá. O futuro é incerto. É no mínimo irônico e irresponsável planejar hoje, através de um Plano Diretor, uma “LINHA VERDE DE PROGRESSO” que nada mais faz do que incentivar e perpetuar a necessidade da caótica “mobilidade” atual.
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