CLAUDIO OSTI
O grupo Simbal, de Arapongas, composto pelas empresas Simbal Pr Indústria de Móveis e Colchões Ltda, Agropecuária Simbal Ltda, Simbal Sociedade Industrial de Móveis, Darom Móveis Ltda e Eldorado Agricultura e Participações Sociais Ltda, ingressou ontem (22), no Forum da Comarca de Arapongas, com um pedido de Recuperação Judicial.
O grupo, que nasceu em 1968 com o nome de Indústria de Colchões Guarani, emprega hoje 1965 funcionários. Por quatro anos consecutivos, 2006, 2007, 2008 e 2009 a Simbal recebeu o prêmio Top Móbile como a empresa mais lembrada em estofados do Brasil.
Porém, a crise no setor nos últimos anos e sua intensificação de 2014 até o momento – em 2015 as vendas no varejo cairam 30% -, agravadas pelos custos de produção devido aos sucessivos aumentos de tarifas impostos pelo governo, provocaram um desequilibrio nas contas do grupo sendo necessário, para a sobrevivência e saneamento das suas empresas e a preservação dos empregos, o ingresso com o pedido de Recuperação Judicial.
Como prevê o artigo 47 da lei 11.101/2005, que trata da recuperação judicial das empresas, o objetivo da ação é solucionar as causas da crise antes que suas conseqüências se tornem irreversíveis. Este é o meio mais propício para alcançar a sua reorganização e, evidentemente, saldar o seu passivo. Em síntese, a meta é garantir as condições que permitirão manter a normalidade dos processos produtivo e comercial, em todos os seus aspectos, a partir do reescalonamento da dívida - principalmente junto a bancos e instituições financeiras em geral - de acordo com as reais condições das empresas.
Hoje a dívida total das empresas do grupo é de R$ 193 milhões. O faturamento em 2014 foi de R$ 500 milhões.
As empresas do Grupo Simbal continuam funcionando normalmente, atendendo seus clientes e fornecedores.
Seus gestores esperam que em breve a normalidade seja restabelecida.
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