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O novo piso salarial dos professores, que será anunciado amanhã,
deve custar R$ 7 bilhões aos municípios e estados brasileiros. Os
cálculos são de um levantamento da Confederação Nacional dos Município
(CNM). A entidade alega que o valor é superior ao total repassado pelo
Fundo de Participação dos Municípios no ano passado cerca de R$ 6,7
bilhões.
“Todas as prefeituras e estados serão afetados. As prefeituras não
têm condições financeiras para pagar esse reajuste. Temos sérias
dificuldades de arrecadação”, afirma o presidente da CNM, Paulo
Ziulkoski.
O ministro da Educação, Cid Gomes, vai anunciar um reajuste que deve
ficar entre 12% e 14%. Em janeiro do ano passado, o reajuste foi de
8,32%, o que deixou o piso do magistério em R$ 1.697. O valor é
reajustado anualmente como determina a Lei do Piso, de 2008.
Com base na lei vigente, a CNM calcula o reajuste do piso do
magistério em 13,01%. Segundo o MEC, de 2009 a 2014, o piso nacional do
magistério foi corrigido em 78,63%. “Nesse período o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) acumulado foi de 31,78%. É preciso revisar o
critério de reajuste. Essa forma implica em aumento superior à
inflação”, afirma Ziulkoski.
No Paraná, o salário inicial de um professor na rede estadual com
jornada de 40 horas semanais é de cerca de R$ 2,4 mil, conforme dados
passados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná
(APP-Sindicato).
Apesar de o salário ser maior que o piso nacional, o presidente do
sindicato, Hermes Leão, defende que o reajuste porcentual que será
definido tenha impacto na rede estadual e redes municipais do Paraná.
“Vamos fazer essa cobrança para que ocorra essa aplicação do reajuste no
salário do magistério. O poder público deve cumprir o reajuste”,
afirma.
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