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Trio responsável pela técnica protagoniza livro “Plantio Direto: A tecnologia que revolucionou a agricultura brasileira”
Fonte: Itaipu Binacional
Trio responsável pela técnica protagoniza livro “Plantio Direto: A tecnologia que revolucionou a agricultura brasileira”
Os três produtores paranaenses responsáveis pela introdução da
técnica de plantio direto no Brasil receberão uma homenagem inédita no
Show Rural Coopavel, que começa na próxima segunda-feira (2), em
Cascavel (PR).
Herbert Bartz, de Rolândia; Nonô Pereira, de Ponta Grossa; e Franke
Dijkstra, de Castro, são os personagens centrais do livro “Plantio
Direto: A tecnologia que revolucionou a agricultura brasileira.”
A produção e o lançamento da obra são uma iniciativa da Itaipu
Binacional. A realização teve o apoio técnico da Federação Brasileira de
Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP). O livro está saindo com o selo da
Editora Parque Itaipu, da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI).
Os três pioneiros confirmaram presença na cerimônia, marcada para as
11h, no auditório principal do Show Rural Coopavel, em Cascavel.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, disse que a
escolha do Show Rural para o lançamento do livro se deu exatamente por
causa da importância do evento, o segundo maior do setor no Brasil.
A publicação reconhece o pioneirismo desses personagens que
contribuíram para a difusão e aprimoramento da técnica, com capítulos
dedicados às suas histórias.
Herbert Bartz foi o pioneiro do plantio direto em solo brasileiro. Já
Nonô Pereira encontrou no sistema uma solução ao problema da erosão.
Franke Dijkstra enfrentou críticas de outros agricultores e, a exemplo
de Bartz e Pereira, tornou-se uma das primeiras pessoas a levantar esta
bandeira.
“A Itaipu Binacional, por meio deste livro, rende homenagem aos
pioneiros do plantio direto, que deram uma contribuição decisiva para
que a agricultura brasileira se tornasse líder mundial em produtividade,
competitividade e sustentabilidade”, disse Samek, que é engenheiro
agrônomo de formação.
Entre as realizações destes pioneiros está a criação do “Clube da
Minhoca”, formado no final dos anos 1970 para troca de experiência entre
os produtores.
Em 144 páginas, o livro aborda a revolução promovida no Sistema
Plantio Direto (SPD), iniciada pelo estado do Paraná e disseminada em
cadeia em todo o País, com vantagens como economia de combustível,
conservação do solo, redução dos insumos e aumento da produtividade.
O prefácio é de Jorge Samek. A coordenação editorial é de Paulino
Motter e de Herlon Goelzer de Almeida. A edição e o texto são de Dimitri
Valle, com consultoria técnica de Ivo Mello.
História e evolução
O livro está dividido em 10 capítulos, nos quais é possível entender
como o SPD brasileiro tornou-se modelo para o mundo – tema que encerra
as 144 páginas.
No primeiro capítulo, a obra apresenta o contexto histórico do
surgimento do SPD no Brasil. Na sequência, faz um apanhado geral do
desenvolvimento da técnica no Paraná e os responsáveis pela difusão do
plantio direto no País.
Os relatos mostram, ainda, como o sistema tem contribuído para a
agricultura de conservação na Bacia do Paraná 3 – região de afluência de
Itaipu.
As parcerias entre instituições, das quais Itaipu faz parte, ao lado
de outros órgãos como Iapar, Emater, FEBRAPDP, SEAB, universidades e
Ocepar também estão relatadas na publicação, concluída com um relato de
Ivo Mello – ex-presidente da FEBRAPDP – e precedida pela opinião de
Osmar Dias em defesa da consolidação do sistema como política pública.
Itaipu e o Plantio Direto
Itaipu vem apoiando e divulgando a técnica do plantio direto desde
1997. A principal contribuição da empresa se dá pelo desenvolvimento
tecnológico e divulgação.
No passado, havia bastante resistência dos agricultores, que alegavam
limitações impostas pelo solo e clima do Oeste Paranaense, bem como
escassez de sementes e outras dificuldades técnicas e que, por isso, o
plantio direto não era (ou era muito pouco) praticado na região.
Desde então, pesquisas desenvolvidas na região pela Itaipu em
parceria com diversas entidades de pesquisa e desenvolvimento, e
extensão rural ajudaram a derrubar esses mitos e a comprovar que a
técnica era, sim, viável no Oeste.
Outro marco importante no desenvolvimento do plantio direto na região
foi uma parceria da Itaipu com a Federação Brasileira de Plantio Direto
na Palha (FEBRAPDP) para a criação de uma certificação do plantio
direto de qualidade.
Esse projeto foi desenvolvido entre os anos de 2011 e 2013 com 226
propriedades da Bacia Hidrográfica do Paraná 3. Um questionário ajuda o
produtor a se autoavaliar quanto à qualidade do plantio direto que está
praticando e a tomar a decisão correta na gestão de sua propriedade.
A metodologia consiste em avaliar o estágio da propriedade em relação
aos três pilares fundamentais do plantio direto, que são: cobertura
permanente do solo durante todo o ano; nunca arar ou gradear o solo; e
utilizar rotação de culturas.
Atualmente, a FEBRAPDP está iniciando um novo convênio com o PTI e a
Itaipu (que também tem como parceiros a Embrapa, Iapar, Emater,
Universidade de Londrina e Instituto Rio Grandense do Arroz), para
lançar uma versão atualizada e revista do sistema de certificação da
qualidade do plantio direto.
As 226 propriedades-piloto também estão passando por um processo de
reavaliação para saber como o plantio direto evoluiu em cada uma delas
nos dois últimos anos.
Outra novidade é o projeto Solo Vivo, uma parceria da Itaipu com a
Embrapa. Nos próximos quatro anos, microbacias no Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás serão avaliadas buscando
relacionar os impactos do plantio direto (e outras medidas
conservacionistas, como a proteção de matas ciliares, adequação de
estradas, terraceamento e práticas agroecológicas) sobre a qualidade da
água dos rios e córregos.
A ideia é que as microbacias analisadas se tornem unidades de referência em práticas sustentáveis na agricultura.Fonte: Itaipu Binacional
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